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SP PODE TER DIA MAIS QUENTE DO ANO NA SEMANA DE ACORDO COM INMET

A cidade de São Paulo pode atingir, na sexta-feira (15), a maior temperatura registrada desde o começo do ano. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura deve chegar aos 36°C.
Até esta segunda-feira (11), a máxima registrada na cidade em 2024 foi de 34,8°C, no dia 8 de janeiro. Nesta semana, temperaturas máximas devem variar entre 29°C e 36°C.

Onda de calor muito intensa e prolongada afetará o Brasil nos últimos dias do verão de 2024. Isso porque uma bolha de calor vai se instalar sobre o Norte da Argentina e o Paraguai com temperatura muito alta em vários estados do Brasil. Os últimos dias da estação vão se dar com temperatura muito acima da média em parte do país com marcas nos termômetros até 10ºC acima do que é normal para esta época do ano, potencialmente estabelecendo alguns recordes históricos para março. O período de calor excessivo será prolongado em vários estados, uma vez que vai se estabelecer um bloqueio atmosférico que vai impedir o avanço de frentes frias, levando à sequência de muitos dias seguidos de temperatura acima a muito acima das médias históricas. A instabilidade ficará retida entre 30ºS e 35ºS com muita chuva e temporais frequentes no Centro da Argentina, Uruguai e parte do estado gaúcho.

A onda de calor deve afetar grande parte do Centro-Sul do Brasil. Os estados que mais devem ser impactados pelas temperaturas muito acima da média são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, parte de Goiás, grande parte de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O Mato Grosso terá calor, mas que não desviará muito em relação ao que já vem se registrando. Ondas de calor em março não são incomuns na climatologia histórica, mas ocorrem com menos frequência no Sul do Brasil que em dezembro, janeiro e fevereiro. Já no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil, período tão prolongado de temperatura tão alta foge ao normal porque março ainda é temporada chuvosa, que costuma frustrar eventos de calor excessivo prolongados, que normalmente ocorrem nestas regiões no final da temporada seca, no fim do inverno e na primeira metade da primavera.

A região mais populosa do Brasil também sofrerá os impactos desta onda de calor. O interior de São Paulo, que experimenta um verão muito quente, terminará a estação com calor intenso. A temperatura se eleva gradualmente nos próximos dias coma as máximas mais elevadas a partir da segunda metade da semana, quando registros acima de 35ºC serão comuns em grande parte da cidades com máximas ao redor de 40ºC em algumas.

Na cidade de São Paulo, a bolha de calor fará com que a chuva seja mais escassa durante os próximos dez dias com predomínio do tempo firme, em padrão que recorda mais o mês de setembro que março. Isso contribuirá para uma escalada da temperatura com tardes de temperatura muito acima dos padrões desta época do ano.

O calor na capital paulista deverá persistir praticamente até quase o final do verão. A partir do final desta semana, o aquecimento se acentua com dias seguidos com marcas ao redor e acima de 35ºC. Não são descartadas máximas tão altas quanto 36ºC ou mais na cidade que tem como recorde histórico de março 34,3ºC, ou seja, é muito factível que esta onda de calor quebre o recorde de temperatura máxima de março na cidade de São Paulo e em diferentes dias.

Uma bolha de calor, que se denomina também de domo ou cúpula de calor (em Inglês é chamada de heat dome) ocorre com áreas de alta pressão que atuam como cúpulas de calor, e têm ar descendente (subsidência). Isso comprime o ar no solo e através da compressão aquece a coluna de ar. Em suma, uma cúpula de calor é criada quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo assim como uma tampa em uma panela. Esta bolha de calor de agora vai estar com seu centro entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil. É, assim, um processo físico na atmosfera. As massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de alta pressão que desvia os sistemas meteorológicos – como frentes frias – ao seu redor. À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens. O alto ângulo do sol de verão combinado com o céu claro ou de poucas nuvens aquece ainda mais o solo.

Evidências de estudos sugerem que a mudança climática está aumentando a frequência de cúpulas de calor intensas, bombeando-as para mais alto na atmosfera, algo não muito diferente de adicionar mais ar quente a um balão de ar já aquecido. Por isso, vários estudos apontam aumento da intensidade, duração e frequência de ondas de calor no Brasil e ao redor do mundo.

Fonte: Metsul

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