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SP DECRETA ESTADO DE EMERGÊNCIA PARA DENGUE

O governo de São Paulo decretou estado de emergência para dengue nesta terça-feira (5/3). A decisão foi tomada depois que o estado atingiu 311 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes, o que configura situação de epidemia.
O anúncio oficial foi feito ao final de reunião que aconteceu esta manhã na Secretaria Estadual de Saúde.

De acordo com o painel do monitoramento da Secretaria da Saúde, o estado de São Paulo fechou a segunda-feira (4/3) com 138.259 casos confirmados de dengue. Considerando a população de 44 milhões de habitantes (44.411.238, segundo o IBGE), a taxa de incidência da doença chegou a 311 casos para cada 100 mil habitantes.

Desde a semana passada, o crescimento de casos da doença em São Paulo já chamava a atenção. Na quinta-feira (29/2), 116 cidades estavam em situação epidêmica de dengue, segundo levantamento realizado pelo Metrópoles com base em dados da Secretaria Estadual da Saúde.

A situação foi se agravando no decorrer dos dias. Nesta terça-feira, o governo anunciou que o número de municípios paulistas que vivem uma epidemia de dengue chegou a 131.

O estado registrou mais quatro mortes por dengue nesta segunda-feira (4/3), de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde. Com isso, o total de vítimas em municípios paulistas chega a 31 em 2024. Outras 122 mortes são investigadas.

A capital também está à beira de uma epidemia. A cidade atingiu 32.508 casos de dengue, segundo o painel de monitoramento de arboviroses da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Até o momento, a capital paulista registrou duas mortes pela doença e outras 28 estão em investigação.

O número de bairros que vivem uma epidemia na capital também cresceu. Até o dia 21 de fevereiro, seis distritos superavam a taxa de 300 casos por 100 mil habitantes, índice utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para indicar uma epidemia.
No dia 28 de fevereiro, no entanto, a incidência considerada epidêmica já era registrada em 15 distritos da cidade.

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:

-Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
-Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
-Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
-Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
-Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
-Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.

O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:

-Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
-Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
-Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
-Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
-Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.

Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.

Fonte Metrópoles

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