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VOCÊ JÁ OUVIU A SIRENE NA PAULISTA?

A Avenida Paulista mantém uma tradição há anos: o toque da sirene ao meio-dia. Quem passa ou trabalha na avenida, na altura do número 900 e a pelo menos 200 metros de distância desse local, já ouviu o barulho da sirene que soa diariamente.
Instalada no 17º andar do prédio da Fundação Cásper Líbero, a cerca de 90 metros do solo, desde meados dos anos 60, a sirene toca durante 20 segundos, num volume que alcança 160 decibéis. “As pessoas que moram ou trabalham aqui já se guiam pela sirene. Depois que toca, você vê várias pessoas saindo dos prédios para ir almoçar”, diz a superintendente patrimonial da fundação, Angela Esther de Oliveira.
Fabricada no início do século na França, a sirene foi usada como toque de recolher pelos franceses durante os ataques aéreos na primeira guerra mundial. Na década de 30 do século passado, foi trazida a São Paulo pelo jornalista Cásper Líbero, que a instalou na sede da fundação, que na época ficava no centro da capital. Naqueles tempos, o instrumento era usado para anunciar que as edições matutinas, ao meio-dia, e vespertinas, às 18h, dos jornais já estavam prontas.
Apesar de o jornal não circular mais, o toque do meio-dia foi mantido por tradição, segundo conta a superintendente da fundação. No entanto, foram feitas algumas adaptações. Antes, na época que os jornais ainda existiam, as oito cornetas da sirene tocavam. Hoje em dia, apenas uma soa. “Decidimos isso em respeito aos jornais da região. O som de todas [as sirenes] seria muito alto”, justificou a superintendente da fundação.
Apesar de soar há anos na Paulista, a sirene ainda é um mistério para muitas pessoas, que ouvem o som, mas não sabem onde fica o equipamento.
A sirene é um alarme sonoro utilizado para avisar a população de perigos, como incêndios ou desastres naturais. No caso da Avenida Paulista, a sirene é tocada diariamente para marcar os horários de produção do antigo parque gráfico do jornal.
A sirene francesa na Avenida Paulista é uma pequena homenagem às raízes culturais francesas na cidade e serve como um lembrete da importância da preservação da história e da cultura em um ambiente urbano.

Fonte TV Gazeta

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