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ROTA EXPOSITIVA “ORIGENS DO CAFÉ” NA PINACOTECA

A rota expositiva “Origens do Café”, inaugurada na Pinacoteca de São Paulo, o museu de arte mais antigo da cidade, fundado em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo, propõe que refletir sobre o café pode ser uma experiência tão saborosa quanto degustá-lo.
Por meio de trabalhos de artistas que vão desde o século 19 até os dias atuais, entre diferentes suportes e linguagens, a rota do café guia a mente e os sentidos dos visitantes em um diálogo entre a história da arte brasileira e a presença do café, seja como fruto, bebida ou produto na cultura nacional. Fazem parte da rota telas de Tarsila do Amaral, Almeida Júnior e Lasar Segall. A iniciativa é oferecida pela Nescafé Origens do Brasil, linha brasileira e sustentável da Nescafé, que também é
patrocinadora da Pinacoteca.
A ligação entre o café e a Pinacoteca sintetiza o momento que São Paulo viveu no final do século 19. Muitas das linhas de trem ao redor do prédio que abriga o museu foram construídas para escoar a produção de café para o litoral, grande produto econômico da época, explica Jochen Volz, Diretor-geral da Pinacoteca do Estado de São Paulo, além da existência da Escola de Artes e Ofícios que deu origem à Pinacoteca como é hoje, ser um reflexo do desenvolvimento que o país teve na época.
É a primeira vez que o museu sugere uma visita à exposição inaugurada em 2020, uma mostra em que a Pinacoteca conta sua história e reflete sobre seu acervo, que começou a ser formado em 1905 e remonta desde o século 17.
“A rota expositiva ‘Origens do Café’ é uma oportunidade de lançar luz sobre a importância do café a partir de obras emblemáticas da exposição do acervo do museu, proporcionando ao público uma experiência repleta de significado — e sabor”, conta Luiza Karam, gerente de marketing da Nescafé Origens do Brasil.
O trajeto proposto pode ser acessado por meio de um QR Code localizado na entrada das salas; a voz de Yuri Quevedo, curador da Pinacoteca e criador do audioguia, conduz os visitantes através dos espaços do segundo andar do museu. Cada obra também possui uma identificação com as palavras “Rota Origens do Café”, tornando mais fácil a identificação.
A exposição representa o café tanto como expressão artística quanto como forma de pensar a relação da economia cafeeira com São Paulo e a transformação da cidade. “A rota do café reúne 12 obras que mostram a complexidade em torno do assunto, algumas em que o café aparece e outras em que ele está totalmente ausente”, conta o curador Yuri Quevedo.
A discussão também se expande para aspectos sociais, como representado no quadro “No Cafezal” de 1926, criado por Georgina de Albuquerque, uma artista mulher, que retrata mulheres trabalhando nos cafezais.
Além disso, a obra de Denilson Baniwa, um dos primeiros artistas indígenas a integrar o acervo da Pinacoteca, convida à reflexão sobre produtos naturais brasileiros e a criação da modernidade, reinterpretando a ideia de antropofagia ao servir a cabeça de Mário de Andrade em uma bandeja. Yuri destaca a importância de refletir sobre a complexidade do produto café, considerando hábitos, formas de produção e buscando novos caminhos para viver essa economia.

A rota “Origens do Café” estreou no dia 15/11 na Pinacoteca Luz, localizada na Praça da Luz. Dura aproximadamente 40 minutos.

“Origens do Café”
Pinacoteca de São Paulo
Praça da Luz, 2
De quarta a segunda, das 10h às 18h

 

 

 

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