Com curadoria de Didiana Prata e do jornalista Fernando Costa Netto, curador geral da série, a exposição apresenta obras inéditas de dois importantes nomes da arte urbana brasileira: Xadalu Tupã Jekupé, cuja produção reflete questões ambientais e indígenas, e Pri Barbosa, que aborda os direitos humanos sob uma ótica poética e social.
Em sintonia com a realização da COP30, a mostra se conecta a compromissos firmados pela UGT em março de 2024, durante o seminário UGT rumo à COP30, realizado em Belém (PA). Na ocasião, a central sindical reafirmou seu apoio à inclusão da Educação Climática nas agendas sindicais e à promoção de um novo modelo de desenvolvimento sustentável. “Vivemos em um momento crítico, onde as mudanças climáticas e as desigualdades sociais afetam diretamente a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. A arte tem o poder de sensibilizar e mobilizar a sociedade”, afirma Ricardo Patah, presidente da UGT.
A exposição ocupará a ciclovia da Avenida Paulista com 30 painéis, acessíveis 24 horas por dia, 7 dias da semana. As obras também estarão disponíveis em versão virtual para alcance nacional. “A exposição não só representa uma oportunidade única de imersão artística ao ar livre, mas também reforça a importância da arte como ferramenta de conscientização e transformação social”, diz Costa Netto.
“A curadoria focou em ações propositivas, inspiradoras e transformadoras, oferecendo um contraponto às imagens de desastres ecológicos e humanitários que nos bombardeiam diariamente. Escolhemos Xadalu e Pri Barbosa porque suas trajetórias têm um forte viés ativista e intimidade com a arte urbana. Ambos criaram para essa exposição um imaginário de uma vida possível, mais digna e justa”, explica Didiana Prata.
Xadalu Tupã Jekupé, premiado nacional e internacionalmente, mescla símbolos indígenas e críticas sociais. “Utilizo meu trabalho como forma de resistência, homenageando a ancestralidade e propondo um olhar atento e urgente sobre os desafios ambientais contemporâneos”, afirma o artista.
Pri Barbosa, que transita entre pintura, muralismo e ilustração, destaca em seus painéis o enfrentamento das desigualdades sociais e ambientais. “Para mim, este projeto surge como uma maneira de democratizar o acesso à arte e às discussões sociais. A Avenida Paulista reúne um público muito plural. Espero que os espectadores descubram nas ilustrações elementos com os quais sintam alguma relação”, comenta.
Para André Guimarães, diretor executivo da Maná Produções e idealizador do projeto, a exposição reafirma seu papel como espaço democrático e de acesso à cultura: “Desde sua criação, a mostra já abordou temas como direitos dos trabalhadores, democracia, igualdade de gênero e direitos sociais. Agora, ao focar no meio ambiente e nos direitos humanos, reforça sua missão de refletir as questões mais urgentes do nosso tempo”.
“A arte nos encanta, nos ensina muito e, neste sentido, nossa exposição busca ampliar o acesso aos debates sobre meio ambiente, mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável, promovendo uma luta que envolve justiça social, inovação e trabalho digno”, afirma Chiquinho Pereira, o Chiquinho dos Padeiros, Secretário Nacional de Organização, Formação e Políticas Sindicais da UGT e presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e da Febrapan (Federação Brasileira dos Trabalhadores nas Indústrias de Panificação, Confeitaria e Padarias).
A 11ª edição da Exposição UGT da Paulista deve impactar mais de 5 milhões de pessoas, em um dos corredores culturais mais relevantes do país e, agora, também acessível para todo o Brasil online.
Fonte Dasartes