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BONDE SÃO PAULO (VLT) PREFEITURA ANUNCIA NOVO PROJETO.

A notícia revelada pela Prefeitura de São Paulo nesta sexta-feira (1º) sobre a inclusão do projeto “Bonde São Paulo” no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, fez a ideia ganhar um significativo impulso.
A possível liberação de R$ 1,4 bilhão em verbas para tirar do papel o sistema VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) torna o projeto mais próximo da realidade, a despeito de existirem enormes desafios pela frente.
A capital paulista flerta há muito tempo com a ideia de implantar um modal leve sobre trilhos, sobretudo para requalificar e ajudar a recuperar a região central da cidade, há muitos anos degradada.
O projeto da prefeitura prevê um sistema com 12 km de extensão dividido em duas linhas. Os veículos deverão ser semelhantes aos usados pelo VLT do Rio de Janeiro, ou seja, com alimentação elétrica no subsolo e vias integradas com o ambiente.
Trata-se de uma concepção diferente do único VLT em operação no estado, que foi construído pelo governo do estado na Baixada Santista. Lá os veículos possuem alimentação aérea e circulam a maior parte do tempo em canaletas próprias.
As duas linhas terão em comum um pequeno trecho da Avenida São João entre o Largo do Paiçandu e a Avenida Ipiranga.
A primeira linha (vermelha) seguirá pela São João até a Avenida Duque de Caxias, onde fará uma curva à direita no sentido da Estação Júlio Prestes (Linha 8-Diamante). De lá o VLT entrará no Bom Retiro pela Rua José Paulino e contornando o bairro pelas ruas do Areal, Solon, Matarazzo, Mamoré e Prates.
Logo em seguida, o VLT fará sua parada na estação Luz (linhas 11-Coral, 10-Turquesa, 4-Amarela e 1-Azul), tomando o caminho da Avenida Cásper Líbero, passando pela Rua Antônio de Godói até retornar ao Largo da Paiçandu.
A segunda (azul), tomando o mesmo ponto de partida, virará à esquerda na Avenida Ipiranga, com parada em frente à estação República (linhas 3-Vermelha e 4-Amarela), e contorno à esquerda na Rua da Consolação até a Praça Dom José Gaspar. Dali o VLT acessará os viadutos Nove de Julho e Jacareí e a Rua Maria Paula, próximo ao terminal de ônibus do Praça da Bandeira.
Mais à frente, a linha passará pelo Viaduto Dona Paulina, a Praça João Mendes e então acessará a Rua Anita Garibaldi, ao lado Praça da Sé (linhas 1-Azul e 3-Vermelha), no sentido Zona Leste. O VLT chegará à Avenida Rangel Pestana e o mapa sugere que poderá existir uma nova travessia sobre o Rio Tamanduateí. Em seguida, a linha percorrerá a Rua da Figueira e as avenidas Mercúrio e Senador Queirós.
O VLT entrará na Avenida Prestes Maria sentido o Vale do Anhangabaú, passando em frente à estação São Bento (Linha 1-Azul e no futuro também a Linha 19-Celeste). Por fim, o veículo pegará o trecho inicial da Avenida São João, voltando a se encontrar com a outra linha.
Os planos da prefeitura são de começar as obras em 2024, mas a meta é difícil já que o edital de licitação ainda não está pronto. O governo do prefeito Ricardo Nunes estima o custo em torno de R$ 3,5 bilhões, com três anos de obra. Ou seja, o VLT ficaria pronto por volta de 2027 numa hipótese otimista.
Segundo reportagem da Folha de São Paulo, a gestão municipal estima que a tarifa do VLT será de R$ 2,20 num cenário atual, algo bastante atrativo pela pequena distância que os usuários terão à disposição.

Mas qual é o significado da palavra VLT?
O VLT ou veículo leve sobre trilhos é um nome diferente para trens que circulam no nível da rua de capitais, como é o caso do Rio de Janeiro e Recife. Como o próprio nome já diz, é mais leve em comparação ao trem e metrô porque suas composições são menores e transportam menos passageiros.

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