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Ben & Jerry’s lança produtos a base de cannabis

O empresário e CEO Ben Cohen, da marca Ben & Jerry’s, famosa por produzir sorvetes, iogurtes e bolos, agora está com um novo empreendimento no mercado.
A ideia a que Cohen se refere é seu mais recente empreendimento, o Ben’s Best Blnz, ou simplesmente B3. A empresa recém-lançada é uma marca de cannabis moderna e ousada, que oferece cigarros pré-enrolados com baixo teor de THC e vapes de largo espectro.
A B3 foi registrada como uma entidade sem fins lucrativos, com 100% de seus lucros divididos entre três entidades: 10% irão para o the Last Prisoner Project, organização dedicada a libertar pessoas impactadas pela criminalização da maconha; outros 10% serão doados para a Vermont Racial Justice Alliance, cuja missão é “garantir poder sustentável, garantir agência e fornecer segurança para descendentes americanos da escravidão”; e os 80% restantes serão administrados em parceria com o NuProject como subsídios para empreendedores negros de cannabis.

Para projetar a identidade visual da marca, Cohen trabalhou com Eddie Opara e Jack Collins, da Pentagram, criando as embalagens o site e o design das mercadorias. A marca tem um design vibrante e transparente, em homenagem aos designers e fornecedores negros, que também estão listados no site da B3.

“O jacinto roxo é uma flor que tradicionalmente simboliza o senso de perdão, de inocência, alegria e beleza – e eu queria que isso fosse aplicado a um homem negro”, diz Opara. O objetivo é, eventualmente, trazer outros artistas negros para fazer as embalagens e produtos.

A marca resultante é rica simbólica e visualmente, mas o gesto mais marcante da B3 são os cartazes que cobrem tanto o site quanto as embalagens. Citações da renomada abolicionista Angela Davis e do falecido ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, foram impressas nas latas dos pré-lançamentos com baixo teor de THC da B3.

Em uma referência à classificação da maconha como uma substância sob a Lei de Substâncias Controladas, o texto nos frascos HiTest Bud da B3 diz: “tire a maconha da lista de proibições ou ponha a cerveja nela”.

“A classificação legal da maconha como substância controlada é toda a raiz da guerra contra as drogas”, diz Cohen sobre a campanha de Nixon que prejudicava desproporcionalmente os negros e baseou a questão atual do encarceramento em massa no país. “Essa lei deveria ser para drogas sem valor médico e com alto risco de dependência, o que não se aplica à maconha, mas se aplica à cerveja”.

Assim como fez com seus empreendimentos com sorvetes, Cohen decidiu usar a plataforma da B3 como um canal para o que ele chama de “benefício social”. O que difere na proposta do empresário é que todo dinheiro arrecadado será destinado a empresários negros e para a promoção de correção de desigualdades.

100% da venda dos produtos tem seu dinheiro direcionado para três situações específicas: 10% vai para o projeto Last Prisoner Project, uma entidade sem fins lucrativos que visa inocentar pessoas que foram presas pelo envolvimento no mercado da maconha; 10% vai para Vermont Racial Justice Alliance, organização que busca oferecer proteção e segurança a Descendentes Americanos da Escravidão; 80% do lucro da empresa vai para outros empresários negros que estão trabalhando no mercado canábico.