Segundo reportagem publicada no Estadão, a Paulista tem se tornado cada vez mais uma “Passarela do Alcool” – nome dado a um importante ponto turístico de Porto Seguro (BA) onde várias barraquinhas de batidas e drinks diversos se matam para fisgar o público de turistas que passam por lá todos os dias.
Eu acho uma visão bem exagerada da realidade já que não acontece em toda a extensão da avenida.
Existem dois pontos críticos apontados pela reportagem – o vão livre do MASP e a esquina da Augusta com Paulista – e isto é um fato. Os ambulantes e adolescentes fazem um match de quem quer vender e quem quer consumir “sabe lá o que” que eles colocam naquelas bebidas e isso, óbvio, está bem longe de caracterizar toda a avenida.
Segundo a reportagem, no último domingo (13), “fileiras de ambulantes transitavam livremente após às 17h. “O rapa (a fiscalização) até vem, toma toda nossa mercadoria, mas a gente precisa trabalhar, né?”, disse à reportagem um ambulante de 39 anos, que negou vender álcool a menores.”
“A Paulista virou um vale-tudo. Pode se vender de tudo. Quem compra não sabe o que tem dentro dessas garrafas. É um problema de segurança, mas também de saúde pública. O comércio ambulante está totalmente fora de controle”, diz a conselheira da Sociedade dos Amigos, Moradores e Empreendedores do Bairro de Cerqueira César (SAMORCC) Célia Marcondes. Ela reclama ainda que os músicos ficam muito perto dos prédios residenciais.
Tudo isso acontece em dois pontos específicos da avenida – em dias também específicos – geralmente nas noites de sexta, sábado e domingo.
Artesãos
Ainda segundo a reportagem, os vendedores ambulantes regulares, que fazem comércio de artesanato, não gostam da concorrência. E reclamam de que a fiscalização não mira nos vendedores de álcool. “Ontem, veio o primeiro fiscal e eu mostrei minha autorização. Então veio o segundo, e mostrei a autorização. No terceiro, ele disse ‘Ok, você está autorizada, mas esses cabides, do jeito que estão, são irregulares. Vou apreender tudo’. Só não tive um prejuízo enorme porque as pessoas viram a cena e ficaram do meu lado”, contou a ambulante Viviane Cristina Machado, de 42 anos.
O prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, disse que, só neste domingo, foram feitas 120 apreensões na Paulista. Ele reconheceu que os vendedores de álcool são mais ágeis, difíceis de serem fiscalizados, mas prometeu mais rigor. Disse ainda que vai regulamentar a atuação dos músicos, que ficarão restritos a prédios comerciais.
Por Estadão Conteúdo
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