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A PAULISTA JÁ ABRIGOU MIRANTE POINT DA ELITE PAULISTANA

Quando passamos pela Avenida Paulista, em São Paulo, com seus grandes prédios e movimento de carros e pessoas, não conseguimos imaginar que, ali, já foi um lugar bucólico, com bondes, casarões, parques e um mirante de tirar o fôlego. Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, o antigo Belvedere Trianon ficava no exato local onde hoje se encontra o Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Inaugurado em 1916, o mirante oferecia uma ampla visão da avenida Nove de Julho até o Vale do Anhangabaú, em uma época que a cidade ainda não era tomada por prédios. Com sua ampla varanda ao ar livre, o palacete de arquitetura clássica se transformou em ponto de encontro da elite paulista junto ao parque Trianon, que fica bem em frente.
Seu auge foi nas décadas de 1920 e 1930, quando foi palco de festas e encontros da alta sociedade local, e abrigava em seus salões, inspirados no palácio de Versalhes, na França, um restaurante e uma confeitaria.
A decadência do palacete começou ainda nos anos 1930, quando, sem incentivos financeiros, sua estrutura começou a ser gradualmente abandonada. Com isso, a elite da cidade passou a frequentar outros espaços mais luxuosos.
O Belvedere Trianon foi demolido em 1951 para dar lugar a um pavilhão, onde foi sediada a primeira edição da Bienal Internacional de São Paulo. Em 1957, o espaço foi cedido para a construção do MASP, que até então ocupava um espaço na rua Sete de Abril, no centro da cidade.
O prédio do novo museu foi inaugurado em 1968 e, atualmente, é um dos pontos turísticos mais icônicos da capital paulista, abrigando obras de artistas nacionais e internacionais, além de exposições temáticas temporárias.
Projetado pela arquiteta Lina Bo Bardi, o edifício modernista foi suspenso por quatro colunas, que criaram um vão livre logo abaixo, mantendo a visão panorâmica da cidade que marcou o antigo mirante de Ramos de Azevedo.
Agora aberto ao público como uma grande praça ao ar livre, o espaço abaixo do MASP foi democratizado, sendo palco de feiras, eventos e intervenções artísticas, além de se tornar um dos mais famosos pontos de encontro da cidade de São Paulo.

Fonte: Revista Casa e Jardim

#NAPAULISTA

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