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CICLOPASSARELA CONECTA OS BAIRROS DE PINHEIROS E BUTANTÃ

Uma estrutura que conecta os bairros de Pinheiros e Butantã, na Zona Oeste da capital paulista, acaba de ser inaugurada. É a ciclopassarela Jornalista Erika Sallum, uma estrutura que visa ofertar uma opção de travessia segura para ciclistas e pedestres.

Com uma área total de 3.470 m² e extensão de travessia de aproximadamente 685 metros, a ciclopassarela pode contribuir para a redução do tráfego e da poluição na cidade. Localizada entre as pontes Eusébio Matoso e Bernardo Goldfarb, importantes vias na região, a estrutura é um incentivo para quem deseja deixar o automóvel em casa e dar preferência à bicicleta ou à caminhada.

Na inauguração, esteve presente o prefeito Ricardo Nunes e a vereadora Renata Falzoni, eleita em 2024 com a bandeira de incentivo à mobilidade ativa. “Eu espero e coloco o meu gabinete [à disposição] para que a gente retome um projeto de uma cidade caminhável, pedalável, em que as pessoas consigam acessar de forma ativa e isso tudo combinado com o transporte coletivo”, conta.

Também como uma das cicloativistas mais conhecidas do Brasil, Renata compartilhou em suas redes sociais a alegria pela inauguração da ciclopassarela, que demorou nada menos do que 30 anos para sair do papel e virar realidade. “Conversei com o prefeito e firmamos o compromisso de abrirmos a gaveta e resgatar vários projetos, previstos em lei, não só para ciclistas, mas também para pedestres”, ressalta a vereadora.

O nome da ciclopassarela homenageia uma importante jornalista esportiva e cicloativista, que faleceu em 2021 em decorrência de um câncer. O fotógrafo Caio Guatelli, companheiro de Erika Sallum, reforça que o projeto era uma demanda muito antiga dos ciclistas. “Essa obra foi projetada há muitos anos, há décadas, e se não fossem os cicloativistas, as forças populares e toda a movimentação social que, por fim, teve o apoio dessa prefeitura, a gente não teria a possibilidade de cruzar esse rio com segurança e oferecendo maior mobilidade para quem quer circular pela cidade”, disse.

A ciclopassarela traça um caminho direto para cruzar a Marginal Pinheiros, conectando-se com ciclovias importantes como a do Rio Pinheiros e da Avenida Faria Lima. O empreendimento conta com uma ciclovia bidirecional, passeio para pedestres e acessos seguros por meio de rampas e escadas integradas.

De acordo com a prefeitura, o projeto também incluiu melhorias na ciclovia existente na Marginal Pinheiros, a reurbanização da Praça Oliveira Penteado, no Butantã, e a implantação de uma pista de skate recreativa no lado de Pinheiros, proporcionando mais lazer à população.

Foram ainda implantadas mais duas conexões, que permitem aos ciclistas realizar todo o percurso entre o Butantã e o Centro (ou do Centro ao Butantã) por estruturas cicloviárias.

A nova estrutura cicloviária do Butantã também se conecta à ciclofaixa da rua Eugênio de Medeiros, seguindo pela rua Butantã e Teodoro Sampaio, com 860 metros, até a estação Faria Lima do Metrô.

A partir da rua Eugênio de Medeiros a ciclofaixa é mono direcional, no sentido oposto ao fluxo da via, e segue como ciclorrota, no mesmo sentido do fluxo, totalizando um trecho de 85 metros de extensão. A medida foi necessária em razão da largura da via. Depois desse trecho a ciclofaixa passa a ser bidirecional até o Largo da Batata.

Também há um trecho de ciclovia compartilhada até o acesso ao Metrô. Do lado do Butantã, foi implantada uma estrutura de 115 metros na rua Lemos Monteiro, conectando a ciclofaixa Valdemar Ferreira, e com acesso à ciclopassarela.

Com o custo de R$ 46 milhões, as obras foram iniciadas em dezembro de 2023 e entregues em 30 de Janeiro de 2025. A ciclopassarela ainda faz parte da Operação Faria Lima, que prevê quatro novas conexões similares. Renata aponta que o projeto existe, as promessas foram feitas e que agora vai cobrar.

 

Fonte Ciclo Vivo

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