A partir desse dia 7 até 31 de maio acontece uma das maiores exposições ao ar livre do mundo. Com a curadoria de Baixo Ribeiro, da histórica galeria Choque Cultural, este ano a mostra traz obras de seis jovens artistas mulheres de diferentes regiões do país expostas em um quilômetro da ciclovia da avenida, entre a Rua Augusta e a Alameda Campinas. Diariamente, 1,5 milhão de pessoas passam por dia por ali, um ótimo público para essa galeria a céu aberto.
Este universo de mulheres de ascendências diversas reflete o tema da exposição: Democracia, Paz e Trabalho, valores interdependentes e fundamentais para o bem-estar e progresso de uma sociedade. O curador geral de toda a série, Fernando Costa Netto, da DOC Galeria, destaca: “Esse ano teremos, pela segunda vez em nove edições da Paulista, um curador convidado. Baixo Ribeiro é um cara que trabalhou muito bem a geração de artistas pós 1980 e que traz para a Paulista seis jovens de diferentes regiões do país para essa muito prazerosa missão.”
A exposição conta com obras de três artistas paulistanas: Catharina Suleiman, de origem libanesa; Erica Mizutani (aka Mizu), com descendência japonesa; e Soberana Ziza, mulher preta, nascida e crescida na Zona Norte da cidade. Do Sul do País a gaúcha de Porto Alegre, Talita Hoffmann. Do norte, Moara Tupinambá, de Mairi, em Belém do Pará, e Moara Negreiros (aka Moka), nascida no Acre e criada em Macapá, AP.
Baixo Ribeiro explica que convidou um grupo de artistas que representam o espírito colaborativo e inclusivo.
“O desafio que eu coloquei para as artistas foi o de mostrar, através das imagens, a importância do cuidado com o mundo, com os outros, com a paz e com a democracia”, afirma . “Enquanto alguns saem para guerrear e conquistar, outros ficam cuidando de garantir alimento, saúde, educação e cultura para todos – ou seja, preservando a paz – através de trabalhos árduos e muitas vezes invisíveis, como os que aparecem nos painéis das artistas da Paulista: o costurar [Catharina Suleiman], o regar [Erica Mizutani], o plantar [da artista Moka], o lavar de Soberana Ziza, o tecer de Talita Hoffmann e o curar de Moara Tupinambá são exemplos de verbos importantes, que deveríamos valorizar mais e mais”, completa o curador.
“É muito interessante que a abertura da exposição da Paulista em 2023 ocorra no dia 7 de maio, um domingo que fica entre o Dia Internacional do Trabalho e o Dia das Mães, pois é disso que queremos falar do trabalho de cuidar.”
A exposição é coordenada pela Secretaria de Organização e Políticas Sindicais da UGT e pela Maná Produções, Comunicações e Eventos, tem o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e da Câmara de Vereadores de São Paulo, através da vereadora Sandra Santana, e apoio da CPPU – Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, CET, Ilume e Subprefeitura da Sé.
Fonte: UOL